quinta-feira, 7 de julho de 2011

Dia triste...

As fatalidades em Piedrahita são duras de aceitar... duras porque sabemos o que é estar no ar e nos consciencializam dos riscos que o nosso desporto encerra. E porque sabemos o que é estar no chão com a responsabilidade de assegurar as melhores condições para que os pilotos possam voar tranquilos e as suas famílias os possam acolher de volta sãos e salvos.


Como a informação sobre o que se passou ainda é escassa e as reacções se focam na CIVL e na sua inacção perante as constantes tragédias nos campeonatos do mundo... na sua passividade em regulamentar.
Escrevo esta nota como desabafo, com esperança num futuro risonho para a nossa modalidade neste momento em que muitos se questionam se competição, assim, faz sentido.

Hoje sou a favor de uma regulamentação severa nas asas. Asas que tenham passado pelos testes de certificação em vigor e se limitem a classe 2-3 (D) ou mesmo inferior, 1-2 (B) no máximo.
Mas amanhã estou a torcer para que uma nova evolução de asa me permita voar mais e em maior segurança... com melhores taxas planeio, com uma polar mais alargada.
Mas vidas humanas são um preço demasiado alto.

Um conhecido e experiente piloto britânico, Mark Hayman abdicou do seu lugar na sua equipa nacional por não se sentir preparado para assumir os riscos de voar numa asa com apenas duas bandas. Hoje, a Internet fervilha com referências a esta desistência... e com apelos a que outros pilotos de renome pressionem a CIVL.
Não creio que seja por terem duas bandas, vários pilotos têm referido que até se sentem mais confiantes nestas asas do que noutros protótipos que voaram no passado. O Stefan Schmoker voava com mais do que duas bandas.
O problema está em que essas asas são ainda pouco maduras para serem voadas com regularidade em condições em que se exige o máximo de tudo... da performance e do piloto...
Por isso se chamam protótipos!

A Fórmula 1 alterou substancialmente as regras do jogo, com o trágico despiste, em Imola, em 1994, do Senna. E acrescentou mecanismos de segurança aos carros... inclusivamente para diminuir a velocidade!
E ainda assim continua a haver evolução nos automóveis... e todos beneficiamos disso.
Porque não se aplica a mesma filosofia ao Voo Livre? Afirmando que primeiro se deve ter uma competição segura e será para isso que os construtores têm de trabalhar...
 
Para o final desta semana, dia 8, está previsto o último lançamento do Space Shutle e a razão principal: Segurança! Depois da trágica reentrada do Columbia, em 2003, todo o programa parou e foi reavaliado em termos de segurança. Foram introduzidos procedimentos de verificação e de salvaguarda das condições de operação dos restantes aparelhos... e mais... foi decidido que o risco deixou de compensar.

Eu lido com inovação, sei que é preciso empurrar as fronteiras do mundo que conhecemos para evoluirmos, sei que é necessário arriscar, muitas vezes vidas, para se descobrirem mundos novos... quantos morreram em caravelas nas águas dos oceanos?
Mas isto é um desporto... a evolução tem de ser mais segura, mesmo que seja mais lenta.
E já não estamos no século XV.

Sei que esta nota já vai longa, mas tenho ainda de referir uma coisa:
É que também sou culpado: também encorajo os nossos campeões a voarem naquelas máquinas infernais... Quero vê-los ganhar! Um dos critérios de selecção foi precisamente a asa não ser de série, e eu concordei! Desculpem...

14 comentários:

  1. A Inovação pode fazer-se de forma controlada e séria sem pormos em risco a vida dos pilotos. Basta para isso haver registar a patente e testar o produto até que todos os aspectos de segurança estejam em ordem. Obviamente que isto leva tempo e dinheiro. Agora pergunto: não será que muitas vezes por detrás da Inovação estão os aspectos economicistas e mercantilistas dos seres humanos? Nesta pequena história (30-35 anos) do parapente esta situação tem-se repetido várias vezes...Enfim.
    Quanto a mim estou estupefacto com a performance e segurança das actuais asas 1-2. Penso que se podem fazer-se muitos e bons voaços com elas.

    ResponderEliminar
  2. Como já devem ter visto, há vários pilotos de topo e representações nacionais a abandonar Piedrahita, o local de Mundial 2011...

    É pena este fracasso, que é um essencialmente um fracasso da CIVL. Estiveram muito tempo preocupados com questões de secretaria, espaço aéreo, número de pilotos nas representações de países grandes (tipo Suíça!) contra países pequenos (tipo USA!!). Coisas sem qualquer interesse para a modalidade, é só uma forma de se guerrearem e há muita coisa que não se sabe - ou faz-se de conta que não se sabe...

    Esqueceram-se do essencial que é a segurança da asa e do seu único comandante.

    Gostei muito de andar a voar no Nórdico com os campeões escandinavos e dinamarqueses. Pela primeira vez na minha vida de piloto senti inveja por aquelas asas que, ao meu lado, nas transições, quase não descem (contra a minha, que desce e de que maneira...). Ao ver que estas asas é que causaram as tragédias de ontem (ver o que escreve o Mario Arqué), fico com a certeza de que nunca deixarei de voar asas de série ou sport. E cada vez com mais segurança - também já abandonei as 2-3 há anos.

    Mando daqui um grande abraço de parabéns a quem tão bem soube organizar o Nórdico - que diferença para o que tenho visto! - para os pilotos nórdicos que tão civicamente se souberam apresentar em todos os momentos do Open, mas essencialmente para todos os pilotos que voam "serial" ou "sport" nas competições Open e que, sabendo que não têm qualquer hipótese de ganhar, à partida, asseguram a manutenção do nosso desporto. E isto tem a ver com os meninos que vão lá fora representar-nos...

    Portanto, que se faça a devida reflexão e que acordem para as verdadeiras questões quando vão à CIVL, em vez de se guerrearem com "boicotes", numero de pilotos que pontuam, se é o campeão que conta, se é o team, sempre a alterar os regulamentos sem conseguirem chegar ao âmago, que é garantir a segurança num desporto que está sempre a usar a palavra SEGURANÇA.

    Vamos deixar-nos de tretas?

    São muitos anos de treta, não sei se vamos conseguir...

    ResponderEliminar
  3. No último comunicado, que saiu há pouco mais de uma hora, diz a organização que já houve 8 (oito) incidentes:

    - seis com lançamento do reserva;
    - dois sem - os trágicos acidentes dos sul-americanos.

    Se as condições não estavam turbulentas, nem o vento forte, nem o local é mais perigoso que todos os outros e os pilotos são bons e com larga experiência, a que pode atribuir-se tanto incidente?

    às asas, pois claro, a que mais poderia ter sido?

    É como jogar à roleta russa: até agora o ratio de "incidentes" para 124 pilotos vais em 6,5%. Mas como estamos no princípio da competição isto vai acelerar.

    Só nos resta esperar que haja muitos dias não voáveis. E depois, que se resolvam os problemas das asas - que é para isso que servem as instituições.

    ResponderEliminar
  4. ratio errado.

    Os pilotos são/eram 145. e não 125.

    Portanto 5,4.

    ResponderEliminar
  5. quantas mortes houve nos ultimos 10 anos de campeonatos FAI1 (mundiais e europeus)? perdi a conta...
    e nos ultimos 10 anos de PWC? 1.
    e o que difere entre uns e outros, se as organizações são as mesmas, os locais e condições de voo tambem, as asas idem, o tipo de mangas, etc...?
    difere apenas o método de selecção dos pilotos! e é aí que reside o problema! enquanto houver pilotos a passar de uma asa serial pra uma asa open class e a primeira competição/voos que fazem é num europeu ou mundial, vamos continuar com este problema... infelizmente.

    Um piloto pode ter 20 anos de experiência a voar serial class ou asas de comp, mas quando pegar pela primeira vez numa asa de 2 bandas vai necessitar de "esquecer tudo o que aprendeu" e aprender a voar de novo... tomando um exemplo do LM, um piloto de ralis não pode querer conduzir um F1 da mesma maneira que o Alonso e o Alonso não vai conseguir fazer uma curva num troço de terra batida como faz o Loeb...

    ClOudyo

    ResponderEliminar
  6. Boas Cláudio, esse é um ponto bem interessante e importante. Então aí talvez de deva limitar estes eventos FAI1 a asas de série e continuar a apostar na PWC como a F1 deste desporto (que já é!).

    Mas tinha ficado com a sensação de que os incidentes que ocorreram foram com pilotos experientes... inclusivamente em Mundiais passados. O que faz disto tudo um paradoxo.

    Um abraço para toda a equipa. E obrigado por te juntares a esta discussão.

    ResponderEliminar
  7. O Mundial foi suspenso hoje. Contam apenas as duas mangas voadas, segundo o que se lê no site da prova.

    Amanhã memorial aos falecidos, em Piedrahita.

    Quem dera que enterrassem de vez também a incompetência nas instituições que levaram a este impasse. Foi preciso haver mortes com as novas asas para terem esta coragem. Coragem que lhes faltou no momento certo, nas reuniões da CIVL. Houve comissões de estudo, pareceres e tomadas de posição de pilotos e responsáveis conhecedores, marcas que abandonaram a competição, tudo isso não bastou para tomar uma decisão acertada. Foi preciso ser-se tomado pela tragédia de dois excelentes pilotos e de suas famílias para que se decidissem.

    É esta coragem que é preciso que os nossos responsáveis, os directores de prova, os comités de pilotos e o júri tenham sempre, mesmo quando não houve ainda acidente/incidente, tanto no decurso de decisões sobre a modalidade como nas provas. Quantas vezes um director de prova português não tem cancelado uma manga porque as condições estão um pouco mais agressivas do que se esperava? Ainda agora no Nórdico e em Castelo de Vide. Há sempre pilotos que acabam por descolar, a manga já cancelada, e decidem fazer a prova (até ao golo!), mas foi a pensar em todos que a manga foi cancelada.

    Ou seja, isto é para pensar em todos. Se querem fazer um clube especial só com asas não homologadas, também é só esperar um tempo até começar a haver acidentes. Pensar o contrário, além de arrogante, é irresponsável.

    Eitel e Francisco, não terá sido em vão!

    ResponderEliminar
  8. Penso que as restrições que porventura venham a ser impostas, não vão acabar definitivamente com os acidentes, mas desejo que acabem pelo menos com a falha técnica de concepção, como razão para ocorrência de acidentes e incidentes.
    Mesmo com restrições ao alongamento, ao numero de linhas e outros aspectos de concepção, dentro de 2 ou 3 anos as asas série estarão com prestações muito próximas ou iguais às actuais 2 linhas. Mas decerto, espero, com todas as situações de incidente devidamente documentadas, previstas e solucionadas.
    Que no futuro, o vencedor seja de facto o melhor piloto em técnica de voo, em estratégia e táctica de voo e em capacidade competitiva e não aquele que conseguir ser mais estoico, heroico ou quiçá, inconsciente.
    O voo livre não deve ser uma prova de heroismo, ou de demonstração ostensiva de desprezo pelo medo e pela vida, e sim uma prova de capacidade de proficiência técnica e desportiva, de capacidade física e psicológica para saber rentabilizar a nossa máquina voadora face às condições que se nos apresentam, independentemente de a máquina dar 55 ou 80 mkm/h de velocidade máxima

    roque santos

    ResponderEliminar
  9. O Bruno continua e apela à conversa no quadrado à direita e faz referência a esta reflexão do Mads: http://www.syndergaard.dk/wp/?p=77

    De facto, se pilotos como o Alex Hofer (campeão Mundial em Montalegre e um especialista em sotaventos!!) tiveram acidentes com estas asas, que não recuperam depois de um frontal, há muitos testes e ensaios que é necessário repetir...
    De preferência que os façam exaustivamente - alterando os "aviões" para não se esbardalharem - antes de voltarem a comercializar as asas! E, já agora, que venham como asas de série.

    Agora, depois dos acidentes e incidentes de Piedrahita, é que se vem a saber que há uns filmes que não foram devidamente divulgados e até estou em crer que há imagens que não estão incluídas nesses filmes... As que ensinariam aos pilotos como recuperar dos tais frontais.

    Não deixa de ser lamentável a perda de confiança que se tem agora nas marcas... embora se veja por aí um estado negacionista nos donos destas asas! É só até ao próximo acidente (!).

    Neste momento, o que estou a estranhar é a fpvl ainda não ter vindo secundar, para o campeonato nacional (FAI 2), a posição da CIVL para campeonatos FAI 1, ou seja, suspender as asas de classe Competição. É claro que isto será mais um golpe no nosso já fraquinho campeonato. Se Mirandela teve só 44 pilotos, quantos estarão na próxima?! Ou até pode suceder que, recuperando-se uma certa nivelação entre "máquinas", o campeonato venha a ter algum interesse. Veremos.

    Mas não têm outra solução. É que agora já se sabe muito mais dessas asas do que há 10 dias.

    E não podemos continuar a reboque dos acontecimentos... como fez a CIVL, aprovando a proposta francesa (servindo os interesses de quem?).

    Que gente tonta!

    ResponderEliminar
  10. A FPVL já iniciou as discussões... para já internamente.
    O Campeonato Nacional tem uma particularidade, como é composto por várias provas e umas já se realizaram, mudar as regras agora significaria invalidar os resultados das provas anteriores.

    Outro tópico é o custo das asas; os pilotos, em Portugal e no estrangeiro, que adquiriram asas "Open" estão a queixar-se dos custos ou de nem terem asa em que voar.
    O meu comentário sobre isto é que cada um fez a escolha que fez de forma consciente (dou o benefício da dúvida a muitos deles) mas se tivessem comprado um Ferrari sem travões, suponho que iriam queixar-se à marca... compraram uma asa que não é voável (porque não é segura e as entidades reguladoras não a deixam "andar na estrada") queixei-se às marcas.

    Olhando para o futuro, todos se perguntam o que se vai passar com a PWC na Turquia.

    Embora a maior parte das comparações estatísticas entre a PWC e os campeonatos FAI-1, não reflictam que os pilotos que têm tido acidentes graves são pilotos experimentados. É certo que o nível de pilotagem em campeonatos FAI-1 é inferior às provas da PWC e isso também devia obrigar a FAI a rever a selecção dos pilotos para as suas provas FAI-1.

    Fui contra o boicote português à Austrália por várias razões. Entre as quais, continuo a achar, que tal como nos jogos olímpicos um atleta só pode competir se conseguir atingir um mínimo de performance (o que faz com que vários campeões nacionais não consigam sequer a qualificação e ainda com que os países tenham delegações de tamanhos bem diferentes). A FAI devia lembrar-se de que o Parapente é um desporto individual e a pontuação por equipas (ou países) não faz sentido... e depois escolher os melhores... como faz a PWCA.
    Nos olímpicos, não se vê competição por países nas corridas de 100m, salto em comprimento ou maratona. E estão lá os melhores do mundo.

    O nosso desporto é perigoso, todos o deviam saber, e assusta-me a atitude dos pilotos de topo. Estes também terão de ser educados... nem todos terão "kit de unhas" para pilotar jactos. E não deviam comprar asas que não oferecem um mínimo de segurança... tal como não compram um carro sem travões.

    Os constructores esses só querem vender... mesmo sem travões... a Toyota recolheu quantos milhares de carros? As marcas de parapente vão recolher quantas asas?

    ResponderEliminar
  11. Viva,

    fico feliz pela malta estar a discutir isto de uma forma salutar...sem a tipica salganhada do costume. Esperemos que isto chegue a um bom porto e que consigamos ter um desporto cada vez mais seguro.

    Cumps

    ResponderEliminar
  12. O bom porto, Filipe, é que andamos à deriva porque a Civl foi para o mar sem se aviar em terra!

    É evidente que as diversas federações têm as maos atadas depois da posição da FAI em relação às comps FAI 1.

    Se a coisa tinha sido bem ensaiada, talvez houvesse lugar a continuar com as asas de competição (não homologadas) dentro de qualquer campeonato e - com um bocadinho mais de tempo e divulgação acerca de pilotagem e testes das 2-liners - também estas asas cá estariam e, provavelmente, sem as tragédias de Piedrahita.

    Agora, não há volta a dar. A reunião de amanhã até pode querer dar um ar democrata à coisa, mas a federação não vai assumir o risco.

    Já sabemos que alguns pilotos são temerários. Instituições que tutelam ou superviosinam o desporto é que não podem pôr a vida dos praticantes em risco. Seria esse o título do jornal se alguma coisa sucedesse.

    Quanto à Salganhada, Salgalhada, Confusão, Mixórdia, Tiborna, Trapalhada (in Priberam) é quando quiseres. Provoca-nos! ;-)

    A gente só não sabe é lutar com anónimos. Medíocres, por sistema, esmagamo-los! :-))

    Bons voos!

    ResponderEliminar
  13. A competição é necessária para promover o desporto mas não é suficiente. Diria mais, na minha opinião, é mais importante promover a prática regular (em segurança) do parapente do que a competição. E de facto, os outdoors de parapente que existem a promover uma dada região, não são sobre competição mas sim sobre o voo em parapente. No entanto tenho de admitir que o que chega com mais frequência aos telejornais são as competições.
    O XCAlps é uma excelente ideia de competição. As ideias que houve em Piedrahita sobre as possíveis alterações ao tipo de provas que promovem a segurança dos pilotos de competição não podem cair em saco roto. Espero que nos próximos tempos se promova mais a inteligência e arte dos pilotos do que a sua coragem. Mas, para isso, é preciso coragem e inteligência, por parte dos responsáveis, para alterar o género de provas.
    Por último resta-me desejar ao Nuno boa sorte para o xcalpes e grandes voos em segurança.

    ResponderEliminar
  14. Exactamente, Gil. Completamente de acordo!

    Gostamos muito de voar pelo simples e máximo fruir, mas não podemos ignorar a competição por ser o que nos dá visibilidade, nos faz progredir e nos traz adeptos.

    Pessoalmente até acho que nas competições portuguesas há mais segurança que fora delas, porque há ali equipas preparadas para garantir mesmo a segurança e o socorro. No Mundial do Larouco chegou-se a ensaiar os poucos minutos que o helicóptero chegaria a qualquer ponto da prova. Por aqui já podes ver que o que aconteceu em Piedrahita ao 1º sinistrado nunca sucederia por cá. E os problemas do espaço aéreo violado nunca sucederiam com um director de prova daqueles que eu e tu conhecemos. Por isso não vou a qualquer prova. É que eu já vi de tudo!

    Entretanto, lá veio a FPVL colar-se à CIVL, que outra solução não havia... Asas não homologadas fora do campeonato. Mas admitem-se as antigas asas 3 (DHV/LFT 3 - ainda haverá alguma?) e também admitem o não-consenso! Isto é, o direito de veto. Aparentemente basta um piloto para vetar. E se tal suceder a competição individual open cessa!

    Depois do que vi entre pilotos como juiz de prova, nunca tal comunicado lavraria...

    ResponderEliminar